08.05.1934
Deutsch
Porto Tibiriçá, 8. Mai
1934
Liebe Lotte!
Heute kann ich Dir auch ein paar Bilder beilegen. Ist zwar
nur ein Holzhäuschen aber mit einer schönen Veranda dran. Der Schnee im
Vordergrund, ist kein Schnee, sondern Sand. Der rote Lehm fehlt hier
vollständig. Man wird infolgedessen auch nicht schmutzig. Ich habe seit ich
hier bin auch keinen schmutzigen Schuh gehabt. Das andre Bild ist
gewissermassen eine Vorstadt in Tibiriçá. Die Gruppenaufnahme hat der
Buchhalter gemacht in Figueiral, das ist ein Parkartiges Gelände am Paraná
unten.
Die drei sind Patzina der Chef vom Armazém[1],
seine Frau wohnt im Bosque, Rieger, Stockbuchhalter im Armazém und Ferreira aus
dem Escritório[2].
Ich bin Chef in Almoxarife.[3]
Mit so kleinen Spaziergängen vertreiben wir uns die Zeit,
wenn wir frei haben, oder man macht Besuche oder eine kleine Dampferfahrt. Es
ist immer was los hier. Sonntags kommen viele Ausflügler hier her, um Picnic zu
machen. Rieger, der Dicke ist schon drei Jahre hier, Falkenburg schon sieben
Jahre. Kürzlich bekam ich eine Karte von Willi mit dem Versprechen eines Briefes.
Von Dir wird ja wohl auch bald wieder etwas kommen.
Am 25. dieses Monats kommt der Reeder Sloman[4] aus Deutschland, einer der Hauptaktionäre hier an und ein Revisor. Da haben wir allerhand Extraarbeit. Gegenwärtig werden uns die Tage zu kurz, aber ich arbeite mich ein dabei. Habt ihr Euren Aufenthalt in Santos schon abgebrochen? Und was treibst du sonst? Wenn Du Bekannte von mir triffst, darfst du sie immer grüßen. An den Stammtisch werde ich nächstens extra schreiben. Heute muss ich schliessen, aber der nächste Brief wird dafür ausführlicher werden. Vielleicht kommt inzwischen auch Post von Dir oder von Deutschland.
Bis zum nächsten Mal.
Dein getreuer Richard
Alle Rechte Vorbehalten
Nächster Brief am 15.05.2021
[1] Lagerhaus
[2] Büro
[3] Lagerhalter
[4] https://de.wikipedia.org/wiki/Rob._M._Sloman
Português
Porto Tibiriçá, 8 de maio de 1934
Querida Lotte!
Hoje eu vou te mandar umas fotos. É somente uma
casinha de madeira, mas ela tem uma varanda bem bonita. A neve que você pode
ver ao fundo não é neve, mas sim areia. Não tem chão de terra por aqui e por
causa disso nós não nos sujamos. Desde que cheguei aqui não tive mais sapatos
sujos.
A outra foto é de uma cidade nos arredores de
Tibiriçá. A foto do grupo foi o contador que tirou em Figueiral, uma área que
atracamos mais abaixo no Paraná.
Os três são: Patzina, o chefe do armazém (a
esposa dele mora no Bosque), depois o Rieger, que é o contador do estoque, e o
Ferreira, do escritório. Eu sou o chefe do almoxarifado.
Toda vez que temos um tempo livre vamos visitar
as pessoas, dar uma volta ou fazemos passeios de barco a vapor. Sempre tem
alguma coisa para fazer por aqui. Aos domingos sempre vem gente fazer
piquenique nessa região. Rieger, o gordo, já mora aqui há três anos e o
Falkenburg há sete.
Há pouco recebi um cartão do Willi, que prometeu
escrever uma carta. Você também deve mandar uma em breve.
No dia 25 deste mês chega o pessoal do "Armador[1] Sloman" da
Alemanha com um auditor. Eles são os principais acionistas daqui. Por causa disso,
teremos muito mais trabalho. As tardes vão ficar mais curtas, mas já estou me
condicionando. Vocês já voltaram de Santos? E o que você anda fazendo? Se você
encontrar conhecidos meus por aí pode cumprimentá-los em meu nome. Aos mais chegados vou escrever pessoalmente. Hoje preciso terminar,
mas, para compensar, a próxima carta será mais detalhada. Talvez nesse meio
tempo venha alguma carta sua ou da Alemanha.
Até a próxima.
Do seu fiel Richard
Todos os direitos reservados
Próxima carta em 15.05.2021
__________________________________
[1] Em marinha mercante é a pessoa ou empresa, que por
sua própria conta e risco, promove a equipagem e a explortacao de navio
comercial, independente de ser ou nao o proprietário da embarcacao . Sua renda
vem normalmente da cobranca de frete para o transporte de cargas entre dois portos, ou da locacao da
embarcao a uma taxa diária/horária wikipedia
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