21.08.1834

 
 
 

Porto Tibiriçá, 21.08. 1934

Liebe Lotte!

es ist nun schon über eine Woche her, dass ich dir nicht geschrieben habe. Ich glaube man wird faul und nachlässig hier. Ereignisse sind von hier ja nicht zu melden, aber ein bisschen zu plaudern langts doch. Wir haben in den letzten Wochen unter einer katastrophalen Trockenheit gelitten. Der Himmel war braun von Rauch und nachts sah man rings am Horizont die Gluten der brennenden Wälder. Selber waren wir alle wie gelähmt, die Lebensfunktionen waren auf ein Minimum herabgesetzt. Endlich kam aber der erlösen der Regen und eine erfrischende Kälte und man fühlt sich jetzt wieder etwas mehr Mensch. Die allgemeine langweilige Atmosphäre aber bleibt für uns Junggesellen wenigstens bestehen und mein Gehirn erschöpft sich in allerhand Spekulationen, wie man am besten und ohne Schaden die Lage hier zu einem Besseren wenden könnte. Aber der letzte Schluss bleibt eben immer nur der Geduld. Die Zeit geht hin und schnell sind die paar Monate rum.

Das Geld, das Dir Herr Meyer gab, gehört für den Koffer, den ich durch Vermittlung Herrn Pitschi von Frau Glött kaufte. Wenn Du hinkommst, Grüsse Pitschis von mir recht herzlich. Im Grunde sind es doch recht liebe Leute. Ich meine die Redelustigkeit der Frau muss man eher als eine Alterserscheinung auffassen, die bei manchen Leuten auftritt und vor der man sich allerdings irgendwie schützen muss. Ich habe auch im letzten Brief (ich schrieb im Ganzen zweimal an ihn) von Dir gar nichts erwähnt, unsere Angelegenheit für uns.

Von zu Hause vorläufig noch ohne Nachricht. Die Grüsse, die Du mir übermitteltest, haben mich gefreut. Es ist immer schön, wenn auch fremde Menschen, einem andern gegenüber auch nur so viel Interesse zeigen, als in einem einfachen Gruss liegt. Rieckmanns haben nichts von sich hören lassen. Lass Sie fahren. Aber wen Du triffst, der sich meiner erinnert, grüsse von mir. Ich habe auch eine Bitte an Dich mein Mädel. Magst Du mir nicht ein oder zwei Hefte der „Saturday Evening Post“ schicken resp. erbitten von D Mocinha? Ich treibe hier fest englisch mit einem Americaner[1], der gerade hier ist. Du brauchst kein Porto dafür zu zahlen, sondern gibst es mit meiner Adresse versehen bei der Companie ab. Eventuell besorgt das Herr Neise, wenn Du ihn darum bittest.

Für heute bis zum Sonntag und immer,

Mit … Richard


[1] Amerikaner, auf Portugiesisch schreibt man „americano“, er vermischt die beiden Sprachen

 

Nächster Brief am 25.08

  
Alle Rechte Vorbehalten
________________________________________

Porto Tibiriçá, 21.08. 1934

Querida Lotte!

Já faz mais de uma semana que eu não escrevo. Eu acho que as pessoas ficam preguiçosas e relaxadas por aqui. Não tem nada de interessante ou novo para contar. Quer dizer, tem sim. Nas últimas semanas tivemos uma seca catastrófica por aqui. O céu ficou preto de fumaça e de noite conseguíamos ver os círculos de árvores ardendo em chamas no horizonte. Prejudicou também a nossa saúde e, mesmo que não tivesse prejudicado, deixou a gente no mínimo desanimado. Depois chegou a chuva para finalmente apagar o fogo e refrescar um pouco e foi somente aí que nos sentimos melhor. O clima de preguiça prevalece sobretudo para os solteiros. Meu cérebro está cansado de tanto especular qual é a melhor forma de sair daqui para um lugar melhor sem fechar portas. No final, só nos resta ter paciência. O tempo passa rápido e daqui a pouco os próximos meses já se passaram também.

O dinheiro que o Meyer deu para você é para a compra de uma mala que eu adquiri da Frau Glött através do Pitschi. Se você o encontrar, diga que estou muito agradecido. São pessoas muito queridas e de bem. A falta de vontade de conversar da mulher dele deve ser vista em alguns casos como sintomas do envelhecimento, dos quais devemos tentar nos precaver de alguma forma. Na última vez que escrevi para ele (foram 2 vezes), nem comentei sobre você. Foram assuntos pessoais. Ainda não recebi nenhuma notícia de lá de casa. Fiquei muito feliz com o carinho dos seus parentes. É muito bom quando alguém (até mesmo pessoas de fora) mostra interesse por você, mesmo que com um simples cumprimento. Ainda não tive notícias dos Rieckmann. Eles ainda estão viajando. Se você encontrar alguém que se lembre de mim, pode cumprimentá-lo em meu nome. Agora eu queria te pedir um favor, minha querida. Será que você pode me mandar 1 ou 2 cadernos do “Saturday Evening Post”? Desta semana ou da anterior, pede para a Dona Mocinha? Eu estou treinando inglês frequentemente com um amerikano[1] que está aqui agora. Você não precisa pagar nada para enviar, é só entregar com o meu endereço para uma das duas companhias. Se você pedir para o Herr Neise, talvez ele possa fazer isso para você.

Por hoje até domingo e para sempre

Com... Richard


[1] No original foi escrito “Americaner” em alemão “Amerikaner” ele está misturando as duas línguas na hora de escrever

  
Próxima carta em 25.08

Todos os direitos reservados


 

Comentários

Instagram QR code and Linktre.e