20.07.1934


 Porto Tibiriçá, 20.07.1934

Liebe Lotte!

Jetzt habe ich viel mehr Zeit zu schreiben und will´s auch fleissig benutzen. Die Schrecken der Inventur sind ziemlich vorbei und nun harren wir der Dinge, die da kommen sollen. Vergangenen Sonntag haben wir einen kleinen Ausflug auf die verschiedenen Kolonien hier gemacht und uns sehr gut unterhalten. Wir waren zuerst in der Deutschen Kolonie Caiuá zum Nachmittagscafé, dann zum Abendbrot in Caiuá selbst und dann zum Tanz in der ungarischen Kolonie. Ich habe viel getanzt und die Stimmung wurde immer fideler. Als die ersten faulen Orangen flogen sind wir aufgebrochen und haben vom Auto aus noch den Lärm der beginnenden Keilerei gehört. Auf der Heimfahrt hats aber eklich gezogen und ich habe gefroren, wie ein Schullehrer, weil ich den Pullover nicht mithatte, den Du mir gestrickt hast. Währen der vielen kalten Tage hat der mir grossartig geholfen, ich habe mich verliebt in ihn. Hier in Porto geht alles seinen alten Gang. Vorgestern hatten wir einen betrüblichen Vorfall. Ein junger Mann aus Curytiba, Alberto Klinger ist beim Baden ertrunken, er war Nichtschwimmer. Seine Angehörigen in Curytiba heissen Recksiedler, ist ein Schwager glaube ich. Neise hat mir heute geschrieben nur ein paar Zeilen. Hat auch von Dir geschrieben, dass Du gut aussiehst und munter bist. Wenn ich Dich nur einmal sehen könnte. Ich war eben noch einmal im Büro und habe mich gewogen 65 kg. So schwer war ich noch nie in meinem Leben. Na ja, die Solidarität. Und jetzt hat es eben das Lichtzeichen gegeben. D.h. ins Bett. Will aber morgen noch ein paar Zeilen dazugeben.

Die letzten Wochen wird es wohl in São Paulo lebhaft zugegangen sein infolge der Wahlen. Ich weiss gar nichts, weil ich auch zum Zeitungslesen nicht gekommen bin. War eigentlich das Concert vom Schubertchor schon? Was macht Willy?

Die beiden Bildchen von Brooklyn habe ich immer auf dem Tisch liegen. Die sind zu nett. Wir hätten hier zu gerne auch Aufnahmen gemacht, aber jetzt haben wir hier schon zwei Sendungen verdorben bekommen, da haben wir es aufgesteckt.

Morgen fang ich an zu malen. Wie ist es eigentlich mit Donna Martha? Sie kommt wohl überhaupt nicht mehr? Wenn Du Neise triffst, grüsse ihn von mir. Jetzt werde ich wirklich noch Donna Lery schreiben.

Grüsse auch Donna Mocinha von mir. Von Rieckmanns habe ich bis dato keine Antwort erhalten.

Für heute und immer

Dein Richard

nächster Brief am 26.07

Alle Rechte Vorbehalten

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sogar noch in den 90er Jahren hat Lotte Pullover gestrickt. Hier einer für ihre Enkel... :)

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Porto Tibiriçá, 20.07.1934

Querida Lotte!

Agora tenho muito mais tempo e pretendo dedicá-lo para escrever bastante. O tenebroso inventário passou e agora estamos carregando as coisas que devem ficar por lá. No domingo passado fizemos um passeio até as diferentes colônias que têm por aqui. Primeiro, fomos na Colônia Caiuá para o café da tarde e acabamos jantando por lá mesmo. À noite, fomos dançar na Colônia da Hungria. Eu dancei bastante e a empolgação foi cada vez maior. Quando as pessoas começaram a reclamar nós fomos embora e, no caminho, já dentro do carro, escutamos a pancadaria logo de manhã. O caminho de volta para casa foi péssimo e eu quase congelei como um novato, porque eu não tinha comigo o pulôver que você tricotou. Ele me ajuda bastante durante as noites frias daqui e eu estou apaixonado por ele. Anteontem aconteceu uma coisa triste. Alberto Klinger, um jovem de Curityba, se afogou ao tomar banho de rio. Ele não sabia nadar. Os parentes dele de Curityba se chamam Riecksiedler, eu acho que ele era um cunhado. O Neise me escreveu hoje, mas somente algumas linhas. Ele me escreveu coisas boas sobre você, que você está bonita e animada. Ah, seu eu pudesse olhar para você ao menos uma vez. Acabei de voltar do escritório e me pesei, estou com 65 quilos, nunca pesei tanto na vida. Isso é o que se chama solidariedade. O sinal que a luz vai apagar acabou de ser dado. Isso significa cama, mas amanhã eu escrevo mais um pouco.

Nas próximas semanas veremos o resultado das eleições em São Paulo e eu não estou sabendo de nada, pois não tive tempo de ler o jornal. Você esteve no Coral Schubert? Você sabe do Willy?

As duas fotinhos lá do Brooklyn ficam em cima da minha mesa, elas são muito bonitinhas. A gente queria fazer umas fotos aqui também, mas 2 negativos emboloraram e então resolvemos desistir. Amanhã começarei a pintar. Como vai a Dona Martha? Ela não vai mesmo voltar a trabalhar? Se você encontrar o Neise cumprimente-o por mim. Agora vou escrever para a Dona Lery de verdade. Envie minhas saudações para a Dona Mocinha.

Até agora ainda não recebi nenhuma resposta dos Rieckmann.

Por hoje e sempre.

Do seu Richard

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Próxima carta em 26.07

 

Ainda em meados de 1990 Lotte  continuava a tricotar para os netos... :)

 

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