12.05.1935

Porto Tibiriçá, 12.05.1935

Mein Liebes Mädel!

Aus lauter Dankbarkeit für Deinen lustigen kleinen Brief muss ich dir schleunigst antworten. Neues gibt es zwar hier nichts Besonderes. Herrn Hasenbrock, unserem Gerenten, habe ich natürlich Farbe bekennen müssen. Er war sehr nett, und ich darf mir den Platz für unser Haus heraussuchen. Das hat aber noch Zeit bis nach der Bilanz. In 6 Wochen ist das gebaut.
Inzwischen hat sich aber mein neuer Stand herumgesprochen und da gibt es natürlich manche Neckereien, die ich zu parieren habe. So wird mir die Zeit während der Woche ziemlich kurzweilig. Aber Sontags, wenn man so allein auf seiner Bude sitzt, wird die Sehnsucht doppelt groß. Na ja.

Also Deinem Fräulein Wiese hast du so heimgezahlt. Die Ärmste tut mir sehr leid. Wenn Du wieder schreibst, setz auf eine Seite einen Gruß von mir, dann wird der Brief doch um eine Seite länger. Für Donna Mocinha werde ich fest die Daumen halten, wenn es so weit ist. Guten Menschen hilft der liebe Gott.

Ich bin sehr neugierig auf die versprochene Fotografie. Hätte gerne eine Aufnahme von uns beiden gehabt, um sie nach drüben zu schicken. Aber weiss der Himmel, wie das zugeht. Von mir krieg ich ganz selten eine Aufnahme und von Dir gleich gar keine. Ich hab von Dir nur das große Bild und eine ganz, ganz kleine Aufnahme von Brooklyn. Also kannst Du Dir denken, wie ich drauf warte auf das Bild.

Und hier, hier ist es kalt geworden in den Nächten. Und des Morgens lauf ich bis neun Uhr mit dem Pullover herum, dann aber wird es schön warm. Blauer Himmel und köstlicher Sonnenschein ohne Schwitzen bitte. Der Fluss ist gefallen und das Wasser wird jetzt allmählich klar, bald kommt die Praia[1] wieder zum Vorschein. Das ist dann am allerschönsten

Vorige Woche kam Falkenburg hierdurch mit seiner, oder vielmehr einer Frau, die nimmt er mit hinauf nach Porto Alegre, wie lange das wohl dauert? Wenn der Mensch sich doch nur scheiden lassen möchte und dann richtig heiraten wollte.

Dabei muss ich an unsern guten Ulrich Neise denken. Der soll nur zusehen, dass er bald ins Geleise kommt. Grüße mir die beiden nur recht herzlich. Ich wünsche Ihnen alles Gute. Übrigens erwarte ich in Bälde einen Brief von ihm, denn ich habe ihm einen kurzen geschäftlichen Brief geschrieben und einen längeren privaten. Ich meine zu Neises wirst Du wohl öfters hinauskommen. Da kannst Du Ihn dran erinnern.

Diese Woche muss ich noch an Wilhelm Meyer schreiben, vielleicht tritt doch noch eine Wendung ein. Im anderen Falle ists hier auch sehr gut auszuhalten. Meinst du das nicht auch?

Bis zum nächsten Sonntag, auf Wieder? Sagt man jetzt da sehen oder hören oder schreiben? Ich glaube mein Deutsch lässt aus.

Mein Herz lässt Dich grüßen (siehe Bild)

Mit vielen Küssen außerdem

Dein Richard

 Nächster Brief am 20.05

Alle Rechte vorbehalten



[1] Flussstrand


 

Porto Tibiriçá, 12.05.1935

Minha amada moça!

Estou muito feliz com a sua divertida carta e quero responder rapidamente. Por aqui, não tem nada em especial acontecendo nos últimos tempos. Tive que exclarecer a minha situação com o nosso gerente, Herr Hasenbrock. Ele foi muito legal e eu posso procurar o lugar para a nossa casa. Mas só depois do balanço e ainda demora um pouco. Em 6 semanas fica pronto. No meio disso tudo já estão comentando sobre as minhas novas funções e já tem gente reclamando, eu vou ter que me defender. Durante a semana o tempo está passando bem rápido. Mas aos domingos, quando estou sozinho em casa, a saudade vem em dobro. Vou levando.

Você pagou sua amiga Wiese em segredo... tadinha, eu sinto muito por você. Quando você escrever para ela novamente, usa uma página para escrever que eu pedi para você cumprimentá-la por mim, aí a carta vai ter uma página a mais.

Quando for a hora eu vou cruzar os meus dedos para a Dona Mocinha. Deus ajuda as boas pessoas. Estou super curioso com a fotografia que você falou. Eu gostaria muito de ter uma foto nossa juntos, para poder enviá-la lá para a Alemanha. Mas sabe-se lá quando conseguiremos fazer uma. Uma foto minha eu ganho de vez em quando, uma foto sua não ganho nunca. De você só tenho a foto grande e uma bem, mas bem pequenininha, tirada lá no Brooklyn. Então você pode imaginar como eu estou ansioso por essa.

Aqui as noites ficaram mais frias, até mais ou menos às nove da manhã eu ainda estou de pulôver, depois fica quente, com céu azul e o sol raiando, mas sem suor graças a Deus. O nível do rio está caindo e a água está super transparente. Daqui a pouco aparecem as praias novamente e fica tudo muito lindo. Na semana passada veio o Falkenburg aqui com a mulher dele, ou melhor, trazendo uma mulher consigo, que ele levou para Porto Alegre. Quanto tempo isso vai durar? Se ele quisesse mesmo se separar e se casar direito novamente. Isso me faz lembrar do Ulrich Neise. Ele só precisa ver que daqui a pouco estará de novo na pista. Cumprimente os dois por mim com carinho. Eu desejo a eles tudo de bom. A propósito, estou esperando respostas dele, pois escrevi duas vezes, uma longa carta pessoal e outra sobre negócios. Acho que agora você irá até a casa do Neise com mais frequência, relembre-o de responder minha carta.

Esta semana ainda escreverei ao Wilhelm Meyer, talvez ainda aconteça alguma mudança. Por um outro lado, aqui também é de bom para segurar as pontas. Você não acha isso também?

Até o próximo domingo. Até…  Como se diz, até nos vermos, até nos ouvirmos ou até nos escrevermos de novo? Eu acho que estou esquecendo como se fala alemão.

Meu coração está com você (como no desenho)

Com muitos beijos também.

Do seu Richard

Próxima carta em 20-05

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