10.02.1937

 





 

Porto Tibiriçá, 10. Februar 1937

Liebe Lotte!

Es ist nun schon wieder eine geraume Zeit her, dass ich wieder ins Porto Tibiriçá bin. Von Dir habe ich bis dato wirklich nichts anderes bekommen als die Karte aus Santos. Hattest Du mir nicht versprochen alle 14 Tage zu schreiben?

Das neue Jahr und den Fasching habe ich hinter mir, es war nicht viel los. Hast Du ein wenig Carnevalsrummel mitgemacht? Oder warst Du da immer noch in Santos. Ich habe inzwischen von Deiner Mutter einen sehr netten Brief erhalten und ich muss ihr in den nächsten Tagen antworten. Die Bilanzarbeiten sind jetzt erledigt und ich habe auch mehr freie Zeit zum Schreiben. Aber ich weiß nicht, wo ich mich hinwenden soll, bist Du noch in São Paulo oder schon in Curityba? Oder steckst Du vielleicht noch in Santos? Patzina hat schon vier Mal in der Estados Unidos angerufen und konnte Dich nicht erreichen.

Jetzt sind es noch 7 Wochen, dann werde ich in Urlaub fahren. Zuerst 3 Tage nach São Paulo, dann nach Curityba. Ich muss in S.P. meinen Koffer packen und verschiedenes erledigen. Hier alles vorzubereiten habe ich Zeit genug, aber ich werde nicht viel machen. Für Bequemlichkeit sorge ich, aber den endgültigen Schliff musst Du der Wohnung geben. Ich stelle mir das sehr schön vor, wenn Du das machst. Wir sind dann das dritte junge Ehepaar im Porto in diesem Jahr, und es kommt in Kürze sogar noch ein viertes hinzu.

Augenblicklich bin ich sehr faul, es wäre auch die Zeit, wo ich sonst immer anfing zu malen nach der Entspannung der Bilanz. Vielleicht fange ich am Sonntag an. Wir brauchen unbedingt ein paar hübsche Bilder und ich muss leider feststellen, dass ich gar nichts habe. Wenn Du nicht in paar Dinger von mir hättest, sähe es wirklich in dieser Hinsicht traurig aus. Also muss ich wohl oder übel dran gehen. Ich habe mehr denn je Sehnsucht nach Dir und kann abends oft noch stundenlang sitzen und grübeln und an Dich denken, also erinnere Dich auch ein bisschen, dass ich noch da bin und schreib.

Für heute in Liebe und Treue

Dein Richard

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Porto Tibiriçá, 10.02.37

Querida Lotte!

Já faz um tempinho desde que voltei para Porto Tibiriçá.

Não recebi nada seu além do cartão postal de Santos. Você não prometeu que me escreveria a cada 14 dias? As comemorações de ano novo e carnaval já ficaram para trás e não foram nada demais. Você se divertiu ao menos um pouco no carnaval? Ou você ainda estava em Santos? Nesse meio tempo, recebi uma carta bem bacana da sua mãe e agora preciso respondê-la. Os trabalhos de balanço terminaram e agora tenho um pouco mais de tempo para escrever. Só não sei para onde. Você está em São Paulo ou Curityba? Ou será que você ainda está em Santos? O Patzina já ligou quatro vezes para a rua Estados Unidos e não conseguiu te encontrar. Agora são mais 7 semanas e daí eu saio de férias. Primeiro 3 dias em São Paulo e depois, Curityba. Eu preciso fazer a minha mala em São Paulo e resolver algumas coisas. Tenho bastante tempo para arrumar tudo por aqui, mas não pretendo fazer muita coisa. Eu me responsabilizo pelo conforto, mas o toque final tem que ser dado por você. Eu já fico imaginando como vai ficar quando você estiver com a mão na massa. Nós seremos o terceiro par de recém-casados em Tibiriçá neste ano e, em pouco tempo, ainda vai chegar o quarto par.

No momento estou um pouco preguiçoso. Agora, depois do estresse do balanço, seria a época do ano em que eu começaria a pintar. Talvez eu faça isso no domingo. Nós precisamos de alguns quadros bonitos de qualquer jeito e eu percebi que a gente não tem nenhum. Ainda bem que você tem minhas coisas guardadas, se não, isso seria um pouco triste. Mesmo assim, eu teria que conviver com isso. Eu nunca senti tantas saudades de você como agora, e à noite, eu fico horas e horas pensando em ti. Então tenta lembrar um pouco de mim e me escreve.

Por hoje com amor e fidelidade

Do seu Richard

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